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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ilusão. Codinome: Futuro

     É muito relativo tratar da vida. Tem gente que acha que a vida é eterna. Tem gente que acha que ao fim dos seus dias a vida parará por alí e pronto. Tem gente que se prende ao passado. Tem gente que só se preocupa com o presente. Há ainda aqueles que vivem pensando no futuro. Mas, por que ficar pensando em algo que ainda não existe? O FUTURO... se é que ele existe.
     O futuro é apenas o "Mundo dos Desejos Humanos", que existe apenas nas nossas mentes e vontades. E é verdade! O futuro ainda não existe! Você o planeja, você o quer, mas nem certeza você tem se ele virá! Claro que não devemos parar de almejá-lo, até por que devemos buscar a evolução (apesar de evolução significar qualquer mudança, retrógrada ou innovadora), mas não devemos nos prender somente aos sonhos do futuro. Devemos, principalmente, nos preocuparmos com o presente, que é o que está ocorrendo e não temos  amínima dúvida, o que é totalmente diferente do futuro: a eterna dúvida.
     Quando ele chega, relativamente, nós nem o percebemos e acabamos tomando-lhe como presente e, às vezes, deixamos aqueles sonhos pra trás. Acho que as pessoas devem levar a vida mais calmamente, sem se preocuparem com o amanhã, mas, óbvio, sem excessos, por que a cada minuto que passa você está em um futuro relativo a algum momento do passado, logo, para ter chegado nesse futuro relativo você manteve um padrão. Esse padrão ocorre naturalmente. Não precisamos nos preocupar com ele, pois as leis físicas garantem que tudo o que existe tende a entrar em equilíbrio, em algum momento na linha do tempo, que, aliás, é uma forma figurada de relacionar o presente em algum lugar em detrimento do passado e do futuro (ambos inexistentes, pois um já morreu e não há como voltar atrás e o outro ainda não existe, senão no nosso ideário).
     Eu realmente acredito que uma borboleta, ao bater suas asas em determinada parte do mundo, pode influenciar catástrofes no outro lado do globo. É o normal. Tudo está interligado neste mundo, se não, eu, você, seu cachorro, uma planta ou uma bactéria não teríamos praticamente a mesma estrutura elementar (C, H, O, N, P, S...). Etamos interligados, mas cada um dentro de seu tempo.
     Paremos com essa estorinha de querer voltar ao passado pra tentar consertar algo! Não dá mais! Contentemo-nos! Paremos com essa estorinha de planejar exarcebadamente o futuro! Ele ainda não é! Deve ser tratado como algo possível, não certo, mesmo que ao nosso completo alcance! Como nem tudo depende da gente, pois estamos interligados, o nosso provável futuro vai depender de uma série de fatores e organismos que brincam com a gente. Alguns podem chamar essa série de fatores e organismos de DESTINO. Outros podem querer chamá-la de ORDEM NORMAL DAS COISAS. Outros podem chamá-la DEUS. Eu prefiro chamá-la ACASO. O acaso é quem rege o universo. Não acho que Deus pregaria peças tão malditas e destrutivas na humanidade. Acho que ele não vê graça em ter um livro com tudo escrito, caracterizando a idéia de destino. Acho que ele não tem um roteiro trágico preparado para nós, o que caracterizaria a ordem normal das coisas. Acho muito menos que ele tem a idéia de ser o Deus Todo Poderoso, egocêntrico, egoísta e mal criado pela humanidade, o que caracteriza o Deus feito à imagem e semelhança do homem em tudo. TUDO!
      O acaso responde a tudo e a todos simplesmente. Uns respondem tudo à base da Bíblia (que foi escrita por homens como nós, com nossos mesmos sentimentos e revoltas, portanto sujeita a manipulações e má interpretações, como ocorre muito hoje. Para outros, o método científico pode dar todas as respostas. Para mim, o acaso não me dá resposta alguma. E não me sinto horrível por isso. Sinto-me inútil, que é o que somos realmente. A cada dia que passa essa minha certeza só aumenta. Vejo gente morrendo de fome, vejo guerras por causa de ideologias religiosas, vejo frieza na manipulação de mercadorias ao modo capitalista, fazendo coisas valerem mais que pessoas, caracterizando o grundrisse... enfim, se o acaso não pode ser a resposta pra tudo (e não a é), nós somos as nossas próprias respostas até certos pontos, que sabemos quais são, por que acredito que não somos completamente idiotas ao ponto de não sabermos os nossos limites. Somos as respostas para as perguntas mais macabras desse mundo! Somos as respostas para as ocasiões mais fúteis existentes! Enfim, podemos ser nossos próprios deus até! Somos criadores de vários mundos paralelos uns aos outros! Podemos nos comandar sem precisar recorrer a entidades transcendentais! Somos de carne e osso! Podemos resolver o problema da fome no mundo! Podemos resolver as guerras! Os seres transcendentais não... até que me provem o contrário, acabando com as carnificinas mundo afora.
     O passado o presente e o futuro são mundos paralelos criados por seus próprios deuses. Normalmente pertencemos a só um deles, se não seremos vítimas de uma crise existencial profunda que, não dificilmente, levaria à autodestruição, pois a verdade dói, e, apesar de o passado não existir mais, ele está registrado, e guarda várias verdades que podem ser descobertas ou lembradas pela humanidade, assim como guarda pra si capítulos importantíssimos que nunca teremos acesso. Vivamos o presente. E somente ele. Viva por si. Acreditando no seu potencial de se ajudar e de ajudar os outros. Prefiro não acreditar em salvação eterna (é um negócio bem difícil de me entrar na cabeça). Prefiro acreditar que podemos dar o melhor de nós em vida para que o acaso tenda a nosso favor e para que tudo que existe entre em equilíbrio. Constantemente...