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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Diálogo Nolampriano II: Humanidade pós-Morte

     Nolampro, n'aula de Filosofia, pergunta para a professora:
     - Professora, quais as características de um ser-humano?
     Ela responde:
     - Bem, o ser-humano é isso que somos! Nascemos, crescemos, tornamo-nos felizes, tristes, decepcionados, crentes, ateus, crentes novamente e, por fim, morremos. Um ser-humano tem todas essas características!
     Nolampro pensa alto:
     - Posso, então dizer que não sou humano?
     A professora acha estranha a pergunta e retruca:
     - Por quê poderia dizê-lo?
     Nolampro explica:
     - Se os seres-humanos possuem todas essas características, o termo "ser-humano" incorpora todas elas. Sendo assim, como não morremos ainda, também não somos humanos. O ser-humano se completa com a morte, pois, assim, a vida destinada a esses seres tão magníficos e controversos chega ao ponto final, onde se torna humano. Como se a cada dia que passa tornamo-nos mais humanos, e o ápice dessa metamorfose culmina com nossa morte, com o momento quando atingimos a humanidade plena. Logo, a humanidade de uma pessoa depende de sua morte, essenciamente, não podendo nenhuma pessoa dizer que é humana, e sim que um dia se tornará ou que alguém se tornou, mas estes não habitam o mesmo lugar que nós, pré-humanos, pois a humanidade é um estado único, que não pode ser forjado por simples organismos viventes cheios de ciências para explicar o que, na verdade, não necessita explicação.