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sábado, 15 de outubro de 2011

Mais um Triste Fim

Estava tão perto, mas não alcancei.
Estagnado a olhar, em nada mais pensei.

Vi-la fugir para um lugar onde ninguém chegou.
Vi-la desaparecer como uma chama que apagou,

Mas não posso dizer que não tentei,
Pois a desistência como saída neguei!

Posso até dizer que sou um vencedor,
Mas por não a ter conquistado sinto, ainda, enorme dor!

Vim, vi, sofri! Assim como qualquer um que vê a chance desaparecer.
Entrei, saí, nem sorri! Pois aquela chama já estava a morrer.

Andando na rua da discórdia, vi o chão subir e o céu cair.
Vi, ainda, meu Deus, o mundo todo a se dividir!

Percebi o pânico dos que ao céu queriam descer
E a soberba dos que já estavam lá a viver.
 
Ouvi a canção das harpas dos querubins,
O que aumentou meu desejo de descer.
Ainda vi os verdes e floridos jardins,
Onde havia gente a plantar e a colher.

Cheguei à beira do precipício,
O qual entre céu e terra era muralha.
Viver ali seria um novo início,
Como o de um morto fora da mortalha.

Decidi-me! Pulei! E comigo alguns outros mais!
Finalmente, viverei! E votar à terra, nunca mais!

Eis que derrepente, não mais que repentinamente,
Tudo volta a seu lugar.
O Céu toma o lugar da Terra
E a Terra o lugar do Ar.

E mais repentinamente, vejo-me em queda livre, em direção ao chão!
Olho p'ra cima, olho p'ra baixo... vejo que não há quem segure minha mão!

Começo uma contagem regressiva
Que desminta o tal senso comum.
Chego ao chão sem sonhos ou conquistas,
E, infelizmente, sou apenas mais um.

Estranho por Natureza

     O ser-humano é um bixo tão estranho, egoísta e complexo que é o único no reino animal que precisa de um veterinário a parte.