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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Necessidade de Mudança

     Um dia, estava eu a arrumar meus livros n'estante, quando percebi aquelas teias, d'aquelas aranhas domésticas, de corpo pequeno com longas e finas pernas. Parei um minuto para vê-la.
     Lá estava a dona da casa, trocando, como mostram os livros de Biologia d'Ensino Médio, seu exoesqueleto. De cara, fiquei apenas a imaginar as aulas que tivera há uns anos, e comprovando qu'aquilo acontecia realmente. E eu presenciei. Continuei arrumando os livros, deixando a aranha terminar seu trabalho.
     Depois percebi algo mais interessante que a vivência comprovada do livro.
     Aranhas vivem pouco. Pelo menos esse tipo d'aranha da qual estou a falar. E é de fazer parar para pensar sobre nós mesmos essa situação boba: vivemos, relativamente, muito tempo, se nos comparamos c'as aranhas e, aind'assim, muitos de nós não pensam em mudar-se. O mundo evolui, involui, cresce e diminui, mas muitos de nós prefere ficar como está. Como esses seres tão pequenos conseguem tirar um tempo de sua existência para mudar em uma vida tão pequena quanto seu tamanho? Como perdem tempo para mudar, se logo morrerão?
     Alguns dizem qu'elas não pensam n'isso. "Elas são 'programadas' pr'isso". O fazem e pronto. Talvez seja isso. Também. Talvez seja necessário mudar. Talvez mudar seja uma sina que recusamos. Mas, provavelmente vale a pena mudar.

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