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sábado, 17 de março de 2012

Sopro

Temos centenas de ideais a seguir.
Temos muito mesmo do que ainda rir.
Temos uma vida fútil pela frente,
Com controle algum da nossa pobre mente,
Sem saber ao certo onde queremos ir,
Mas loucos para saber onde parar.
Uma vida inteira para desistir,
Saber que nunca será errado errar,
Fazer o que a cabeça nossa mandar
Andar, chegar, entrar, te ver e te amar.
Calma, senão assim vai me faltar ar!

E quando paro para pensar um pouco,
Vem à mente um filme mudo, preto e branco,
Com personagens conhecidos, tampouco,
Prontos a pular da beira d'um barranco,
Tão profundo que mal vejo o chão no fim.
Tão escuro, porém vejo mesmo assim,
A solução, tão mórbida e desejada
Pelas almas, pelo mundo rejeitada,
Mas que é nossa única certeza, enfim.

Vivamos o tal maldito e triste filme
Sem esquecer, nunca, a hora de cantar.
Adeus ao belo sopro que conduziu-me
Até as luzes da sala eu apagar.

2 comentários:

  1. Muito bom! Queria aprender a escrever, mas eu sei que preciso começar a escrever primeiro!

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    Respostas
    1. Mestre Xonas, é só sentar e começar a escrever loucamente! Dá certo assim!

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